Estudantes de Radiologia visitam Usina Nuclear em Angra dos Reis e conhecem área de atuação de tecnólogos
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“Poder chegar lá e ver a concretização de todo um estudo teórico é surreal”. As palavras do estudante de tecnologia em Radiologia Higor Ramos Ferreira, de 20 anos, resumem a experiência vivida pelos alunos do 5º semestre da Universidade Paulista de Brasília (UNIP).
A visita à Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA), no Rio de Janeiro, foi uma aula diferente da professora Kezia Balena, que optou por ministrar a disciplina de proteção radiológica de forma prática para os futuros profissionais.
No centro de informações de Angra I, os alunos tiveram uma palestra com orientações sobre a história do reator nuclear, bem como uma visão geral do que é aquela instalação e do que oferece. Para se ter ideia, a produção de Angra 1 e Angra 2 juntas corresponde a aproximadamente 3% da energia elétrica consumida no Brasil e a um terço do consumo total de energia elétrica do estado carioca.
“O guia que nos orientou falou muito sobre o mercado de trabalho, bem como a necessidade de contar com profissionais qualificados. Os alunos saíram de lá com esse sonho, de que é possível trabalhar na estação nuclear e que há mercado em diferentes áreas. Claro que é preciso muito esforço e estudo, mas é um campo de atuação incrível”, explica a professora.
Planos para o futuro
Higor concluirá seus estudos de tecnólogo em 2018 e pensa em seguir na linha de pesquisas e estudos acadêmicos. Mas não esconde a satisfação: “Para mim, a viagem serviu para abrir novos horizontes dentro da área. Consegui ver como existem possibilidades e aprendizados únicos. Trabalhar lá seria incrível! Com nossos estudos, podermos fazer nossa parte na geração de energia no país”, relata o futuro profissional.
Painéis, folders, filmes, maquetes, quadros. O material disponível para o aprendizado é extenso, mas foi na sala de controle de Angra II que os alunos descreveram a experiência como maravilhosa.
”O reator nuclear é formado por circuitos primário, secundário e terciário, que é onde ocorre a captação de água até a geração de energia. O espaço é blindado, mas é possível ver os funcionários operando na sala de controle. Os alunos me olhavam e falavam ‘professora, estou com vontade de chorar, não tô acreditando!’ do tanto que a dimensão do local é enorme e fascinante. Precisamos manter esse brilho no olhar deles, para que sejam profissionais exemplares e apaixonados pelo que fazem”, finaliza a mestra em Radiobiologia pela CNEN.
Sobre a CNAAA
A CNAAA está instalada na Praia de Itaorna (RJ). Um dos fatores determinantes para escolha do local foi a proximidade das cidades do Rio de Janeiro, de São Paulo e de Belo Horizonte, que evita perdas de energia em longas linhas de transmissão. Outro fator importante foi a proximidade do mar. Embora o urânio seja o combustível, é a água que movimenta e refrigera uma usina nuclear. Por isso ela precisa ser construída próxima a um rio ou mar, onde exista água em abundância.
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fonte: CONTER.